sábado, 23 de agosto de 2008

Sinestesia de ti

Olhe!
Estás ouvindo?
É o teu cheiro que passa pela janela e invade a casa

Olhe!
Estás sentindo?
São teus passos apressados no assoalho!

Tens pressa de quê?
Ansias a que?
Algum novo amor remunerado que te suga a avareza?
Nada disso vale a pena
Não deste jeito enamorado...
Com o Diabo!

Sinta!
Consegues ver?
É o som do tempo dando Adeus
E levando a vida consigo

Tens pressa de quê?
Não tens medo de se perder
E nesse emaranhado de coisas
Afogar-te?

Toque...
Consegues ver?
É o som de bater de asas angelicais

Anjos que vieram levar-te
Sem pressa
Sem ânsia
Ao gosto da paz
Ao cheiro de rosas
A maciez do cetim
A luz do luar
Ao canto... dos pássaros !

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Essa foi escrita em meados de 2006, vencedora de um concurso de poesias em 2007.