terça-feira, 28 de outubro de 2008

Coma

Quero clamar a minha loucura!
Afogá-la no fundo de minha garrafa
Para que caso a sanidade me ataque
Eu possa bebê-la outra vez!

Não farei como D.Sebastião
Vou gritar até o surdo dizer basta!
Os cristais se quebrarem
E os pássaros desistirem de cantar

Quero clamar a minha verdade!
Santificar a insanidade
Desses dias loucos na mesa sem bar

Não farei como D.Maria 1ª
Quero contrabandear idéias
Viver na dependência de sentir
Porque quem não sente é pedra!

Quero saciar a minha sede
Engolir um oceano de pensamentos
Entrar num coma de devaneios
De sentimentos...

Que as espumas flutuem!
E os anjos tortos da sombra venham me procurar
Que a negra Fulô tenha sonhos
Porque no meu mundo, vai cantar o sabiá!