No ácido da boca tua
Afogo-me
E escoa-me a saliva pelos lados
Queima-me a pele
Deforma meu sorriso
E o gosto salgado de teu corpo
Minha língua, teu suor
Minha boca, tuas lágrimas
Lágrimas de réptil
Com o cheiro amargo da pele tua
De teu de sexo
Enlouqueço
Afrodisíaco número um do mundo
Invade as narinas, meu frenesi
O encarar ardente dos olhos teus
Cegam-me como alfinetes
Validam a minha visão
Com gotas picantes desses filetes
Mas tu levaste o beijo ácido
O acre do cheiro
O salgado suor
Com teu olhar tácito
Perdeste o gosto
E deixou-me enfim
Degustando-te de longe
Insípido desolado!
Na sua doce partida...