terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Soneto das mãos atadas ( Ou soneto de futura fidelidade)

De tudo, ao teu amor serei o calar
Antes, como tu me pedistes, e sempre
Que mesmo em face da omissão do que se sente
Nele seja mais bonito o meu sonhar

E por querê-lo em cada vão momento
E em desespero espalhei meu pranto
No beijo que foi dado, na moça sem encanto
Pois meus lábios só em ti encontrariam o contentamento

E assim, por mais tarde que me procures
Quem sabe embaixo de teus lençóis, neste emaranhar
Quem sabe as mãos, buscando o que ainda não tem

Eu sei que irão se encontrar
E que esta noite não seja imortal, pois o sol aí vem
Mas que seja infinita enquanto dure

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Um brinde ao plágio! Ou seria uma homenagem?


Vai saber...


Ps: Para a princesa do palácio de cristal.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Noronha ( Paraíso em alto mar )

A mulher aqui é maciça, petrificada
Nas curvas perfeitas das montanhas e das enseadas
As ondas banham suas coxas de areia
Seus cabelos de pedra, sua pele em folhas!
Folhas que sombreiam este costear...

Ah, que bela dama!
Esse sol te clama, meu amor é chama por teu acalentar.
As brisas que acariciam, percorrem teu corpo
Rochoso, maciço, que como o farol
Ilumina as docas e o cais do porto.

Ah, Nonô
Vêm de longe todos os homens pra te admirar
Te tocar, percorrer tuas praias
Em teu seio repousar

Mas de todos, sou eu o mais apaixonado!
Ao ver teu pôr-do-sol na baía
Me sinto completo, imaculado.

E num fechar de olhos, entrego-me a tua vontade
Leva-me pra onde quiser, que sou teu
Nesse pedaço de paraíso, para a eternidade!



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Poema escrito em homenagem a Fernando de Noronha, durante minha estadia
nequela ilha paradisíaca, maravilhosa.
Dezembro de 2009.