quarta-feira, 22 de julho de 2009

Tu amanheces

Quando ele ainda está adormecido
Mas com insistência abre o céu
Pintando o azul de amarelo
E alaranjando o lençol que te cobre até os olhos

Quando o sereno ainda está flutuando, leve
E os pássaros começam a abrir as asas
E das tocas escuras saem pra cumprimentar o sol
Todas as criaturas já acordadas

Quando a terra desperta...
Eu ainda não me entreguei aos braços de Morfeu
Ele compreende que o sono não tem pressa
Se eu puder passar a noite a admirar-te

Minha deusa que agora volta das terras profundas do sonho
Ah, pra que descansar?
Eu tenho a morte toda pra isso...
Prefiro contemplar teu corpo nu estendido na cama
Que agora com o coração sorrindo,
Chamo de nossa.

Meu anseio é de caíres no sono e nunca mais acordar
De Morfeu me furar os olhos (já que estão sempre abertos)
E te levar em seus braços...
Mas tu despertas... tu amanheces...
E suspiro tranqüilo, agora sim...
Sorria e me dê um beijo
Que vou lá em baixo, preparar o nosso café.

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( Feita durante a viajem, ainda em construção... estou há muito tempo sem inspiração, mas ainda me restam algumas fagulhas, assim, construí esse rascunho.)