segunda-feira, 18 de maio de 2009

O despertar

Amor que dorme
Profundamente entre lençóis de esquecimento
Que se esconde entre as plumas
Da inocência e dos erros imaturos de amor juvenil

Amor que é silencio
Há muito esquecido
Em uma fortaleza de medos e prisão soturna
Por entre as pedras escuras deste castelo
Enxerga os filetes de luz que invadem as trevas
Através de rachaduras das boas recordações

Amor apagado
Na profunda ardência do reencontro
Deixa reascender a vela da minha prece
E deixa alastrar o fogo suave pelo corpo
Com um cuidado sutil de uma cicatriz de amor

Amor ressequido
Molha-o com lagrimas de compreensão
E umedece-o com um beijo
De um renascido amor

Como a princesa adormecida
Que acorda de seu sono profundo
Que façamos abrir as feridas estancadas
Penetrá-las e curá-las
Para que delas não sobrem nem lembranças

E como um jardim secreto
Abandonado, que guarda debaixo dos galhos secos
A preciosa seiva
Mas, que ainda supimpa
Sustenta vida em todas as suas formas de amor

Agora é só recomeço
E tudo é só esperança
Como a fênix que renasce das cinzas...
Das cinzas de um sentimento esfarelado
Renasce o amor
Belo e rejuvenescido
Em sua mais bela e pura manifestação
De amor...