Minha vó uma vez me falou
Se esconder muito uma coisa
Vai acabar esquecendo onde escondeu
E assim nos anos que se soprou
Sem saber aonde caíram os amores
Esqueci-me desse verso e vida aos medos sucedeu
Naquela noite enterrei meu coração feito betume
Sem mapa nem baú pra resguardar
E parti pra relva feito fera aluada
Feito bravio bicho, fero e rusguento
Aos sentimentos ruminar
Fiz-me de cego ao amor que não me escutas
Muitos rodeios pra chegar ao mesmo fim
Rasguei da noite corpos feitos de carne rubra
Feitos inflamada pele incendida crua e nua
Todos rostidos contra mim
Mas na dureza deste solo impenetrável
Aqueles olhos surgiram pra me assombrar
À espreita, clara, a palavra da rósea boca
Fez-se em lava o peito e em lágrimas
Minhas certezas derrubar
Mas na ironia deste conto que é maldito
Achado o coração, com suas mãos
Pôs-se a desenterrar
E o me entregou com sádico sorriso
E pra escura nua fria noite
Dando Adeus, foi retornar...
Agora entendo os homens de palavra
Da tuberculosa geração
Não há prosas, ladainhas e nem versos
Pra saciar a falta de um coração
Agora sim, agora sim, virei poeta
Depois do empedernido frio de teu ardor
Só é poeta, bardo tolo ou palavrante
Quem um dia já sentiu as dores de um grande amor
sábado, 4 de outubro de 2014
sexta-feira, 14 de março de 2014
The urge to the Howl
The Howl has returned from its grave
Where there’s no sense of fear love or hate
Its wings no longer beheld in chain
The blend of the thrill passion and sensations
Flows from the mind through the body
In its rain
The incessantly of the night that follows
Helds these ancient songs
For long forgotten, for long averted
Urging to come back to where it belongs
The pace of those ones whom are lost
Misbehave the rules from the ones whom think are certain
And the bird who reborns from its nescience
Can not fly until the moorings are not taken
The origins of the bonds are unknown
Only is known the blemish that it left
Neither the reason of the liberation is clear
Or if its culprits are alive or dead
There's an elan to vow with it and bow
It’s the only clue that this freedom draws so near
And no more words can be said or can be sold
Everything is paid with the blood of its debt
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